segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ENTERRO DE IRMÃOS EMOCIONA; 150 SEPULTAMENTOS ESTÃO PREVISTOS

cemitério santa maria irmãos boate incêndio enterro (Foto: Tatiana Lopes/G1)   O cemitério ecumênico de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, está lotado na manhã desta segunda-feira (28) para o enterro das vítimas do incêndio que atingiu a boate Kiss durante uma festa universitária no domingo, no centro da cidade. Foram confirmadas 231 mortes pela prefeitura do município. No local, no bairro Patronato, devem ocorrer 58 sepultamentos. De acordo com a administração, houve 33 pela manhã. Os corpos chegam de funerárias, do ginásio em que ocorre o velório coletivo e de centros comunitários.
   Segundo o secretário adjunto de Infraestrutura e Obras, Alexandre Brasil, são previstos cerca de 150 enterros nos quatro cemitérios municipais - além do Ecumênico, há o São José, Pau-a-Pique e Jardim da Saudade.
   O sentimento no cemitério ecumênico é de total consternação. Caso dos familiares de dois irmãos que morreram na tragédia. Eles tinham 17 e 20 anos, de acordo com os amigos Vinicius e Timóteo Fonseca, que são primos: "Situação é horrível, não tem como explicar", disse Timóteo, após conversar com os pais. O mais velho cursava direito, enquanto o mais novo estava começando o curso de agronomia.
   "Eram jovens normais, estudavam, estavam se divertindo", diz Eduardo Machado, delegado do município de Agudo, cuja esposa é prima dos dois irmãos. Acostumado a lidar com situações complicadas, o delegado comentou como tentou confortar os pais. Os jovens eram os únicos filhos do casal Marcia e Marcelo. "Minhas posições e de todas as pessoas que trabalham desde ontem é minimizar o sofrimento. É difícil. Tenho colega que perdeu filho, primo...".
   Sobre o sentimento de revolta que toma algumas pessoas, que acreditam que a tragédia poderia ser evitada, Eduardo Machado garante que a polícia e outras autoridades mobilizadas estão fazendo esforço para concluir a investigação. "Ontem (domingo) 10 pessoas foram ouvidas. Medidas cautelares já estão sendo cumpridas, foram solicitadas prisões, também cumpridas", salientou. "A cidade está parada, em luto. O trânsito hoje se resume das capelas aos cemitérios", encerrou o delegado. A família não autorizou imagens, nem quis falar no momento de despedida.
Via: G1

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