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Sou uruoquense, nasci e me criei tomando banho nos açudes velho, novo e calazar, tenho 28 anos de idade - não sou tão velho assim, concordem-, e nesse médio tempo de vida pude observar que, um povo aculturado ("sem cultura") é muito mais fácil de se manobrar. Lembro que na minha infância e adolescência, os períodos mais esperados em Uruoca eram a semana santa, as férias de julho e a festa da padroeira em agosto. Se passava o resto do ano inteiro pensando em quando chegasse essas festividades, os parentes que iríamos ver, os amigos e conhecidos que moravam fora chegando, as pessoas novas que ainda não conhecíamos, tinha uma magia especial nessas épocas do ano. Mas com o passar do tempo - quem é mais velho ou é da minha geração sabe - todas essas datas foram perdendo o encanto, e não foi feito nada por parte dos agentes administrativos da cidade para que essa identidade da cidade não se perdesse no tempo. Fato é que no caso da semana santa, do ritual do judas, das barracas no açude novo, da festa dançante no sábado de aleluia, nada foi feito para se dar continuidade a um evento dessa natureza, onde havia além de um grande faturamento para o comércio local, um forte elo na manutenção da identidade cultural local. Sobre a festa da padroeira de agosto, bastou o querido Padre César deixar de ser o pároco local para se acabar a imagem de um evento festivo, alegre e tradicional - com certeza o mais tradicional de todos - , onde eram esperados no dia 14 de agosto, uma imensidão de conterrâneos na missa, depois passeando pelas barracas montadas na rua do mercado, brincando no parque, e para encerrar a noite, a festa da banda na quadra e o black som como alternativa para os mais jovens, outro evento que perdeu o brilho, sem nenhum esforço mais uma vez dos agentes administrativos da cidade para dar continuidade a esta tradição. Agora o que está padecendo também é o festival de quadrilhas nas férias de julho, evento esse não tão tradicional como uma festa de padroeira ou uma semana santa, pois começou por volta de 8 a 10 anos atrás - mas em comparação a estas duas voltadas para reforçar a identidade cultural dos conterrâneos em comum - já estava se tornado referência para a região, sendo considerado um evento de grande porte, servindo como referência para a cidade, agora está sendo enterrado também. Desencontro de informações, falta de divulgação na mídia, querem acabar com o único evento de grande porte que ainda resta, enterrar de vez toda forma de representação cultural que identifique a nossa cidade. Juro que, não fosse familiares e poucos amigos que tenho aí, não tenho nenhum atractivo para visitar Uruoca, é triste dizer isso, mas assim como eu, conheço vários conterrâneos que pensam assim também. Vamos acordar agentes, será que é isso o certo? um povo sem referências culturais é um povo triste, pobre e sem educação. Vamos criar nas pessoas o orgulho de ser uruoquense, só podemos criar isso com uma cultura forte, enraizada, com pessoas felizes, ricas e educadas.
isto é uma realidade, quem será o culpado disto?
ResponderExcluirNão adianta falar, criticar, estou fazendo a minha parte que foi e é a mais dificil que é denunciar, tenho 12 denuncias no TCM,03 na CGU, 01 no DNOCS, 01 no FNDE, 01 na Procuradoria Geral da União, 02 no Minitétio da Saúde, 01 na Policia Federal, 06 no Miniterio Público de Uruoca, Ns na Camara Municipal de Uruoca, todas com riquezas de detalhes e documentos, resta a voces cidadãos cobrarem destes orgãos fiscalizadores ação pasando amail para os mesmos e cobrando, é direito e dever de qualquer um, independente de raça religião ou partido politico pois isso servirá para o bem de URUOCA e sua população, exerçam o papel de voces e tenham a certeza que o seu maior bem é a coragem
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