O atual governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), foi reeleito neste domingo com 61,6% dos votos, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 89% dos votos apurados até agora.
Marcos Cals (PSDB) aparece em segundo lugar, com 19,4%, à frente do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), com 16,1% do total.
Na disputa presidencial, Dilma Rousseff (PT) tem até agora 64,96% dos votos, à frente da candidata Marina Silva (PV), com 17,44%, e de José Serra (PSDB), com 16,54% do total.
A campanha foi marcada no Estado por duras trocas de acusação de corrupção por parte dos candidatos Cid Gomes e Lúcio Alcântara. Em debate Folha/RedeTV!, questionado por Alcântara sobre quem pagou uma viagem de jatinho que fez com a família ao exterior, Cid disse que não tinha “nenhum respeito” pelo ex-governador e o acusou de montar “um covil de ardilosos” para forjar denúncias contra ele.
“Nunca fiz apropriação indébita”, disse Cid. “Se estiver procurando isso, procure na sua casa, que vai ter mais facilidade”, declarou, insinuando a participação de um filho de Alcântara em irregularidades administrativas.
A viagem de jatinho a que se referiu Alcântara aparece em um vídeo que começou a circular na internet nesta semana e mostra Cid e seu irmão Ciro Gomes dentro de uma limusine e de um avião a jato em uma viagem de férias para Nova York.
Cid foi questionado ainda sobre denúncia feita pela revista “Veja” de que ele teria participado, com o irmão e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), de um esquema de desvio de recursos de prefeituras do Ceará.
De acordo com a revista, a Polícia Federal detectou o desvio de R$ 300 milhões em um esquema que beneficiou as campanhas de ambos em 2006. As verbas seriam do Ministério da Integração Nacional, do qual Ciro foi ministro entre 2003 e 2006.
“Nego qualquer participação nisso e considero a denúncia inominável”, afirmou Cid. O governador declarou que a Polícia Federal desmentiu o seu envolvimento e o do seu irmão no caso.
Ciro, que acompanhou o debate no estúdio, classificou a campanha eleitoral deste ano no Estado como “a de mais baixo nível e a mais sórdida” que já presenciou. “Em 32 anos de experiência, nunca vi baixaria tão grande”, afirmou. “O Ceará não tem essa tradição.”
Fonte e foto folha.com
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