O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu autorização
para a realização de concurso público, destinado ao preenchimento de 500
vagas de analista do seguro social. O cargo exige o nível superior e os
rendimentos, após o reajuste salarial do início do ano, devem ser de
R$6.813,25 (já incluso auxílio-alimentação de R$373).
A autarquia ainda não confirmou o valor da remuneração. O INSS
tem prazo de seis meses para divulgar o edital, a contar da data de
publicação da autorização do concurso. Com isso, o prazo para a
divulgação do documento vai até 1º de agosto.
No entanto, o INSS deverá
liberar as regras antes disso como geralmente é feito pelo órgão. O primeiro passo para o concurso é a escolha da organizadora da
seleção. A Assessoria de Imprensa do INSS informou que ainda não há data
prevista para que a autarquia comece a receber as propostas das
entidades interessadas em ficar à frente do processo seletivo. Outros
fatores que ainda serão definidos pelo INSS são a distribuição das vagas
por estado e por área de formação. No último concurso para analista do
seguro social, organizado pelo Cespe/UnB em 2008, houve oportunidades
para arquitetos, arquivologistas, biblioteconomistas, advogados,
engenheiros e jornalistas, entre outras áreas.
O processo de seleção dos candidatos constou numa prova objetiva,
composta por 150 questões, que versaram sobre as disciplinas de Língua
Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática, Direito
Constitucional, Direito Administrativo, Legislação Previdenciária e
Conhecimentos Específicos. Um dos objetivos do concurso é o
fortalecimento do quadro de pessoal do INSS por causa da criação das 720
agências previstas no Plano de Expansão da Rede de Atendimento do INSS,
que fará com que a autarquia aumente a sua demanda de trabalho,
passando a atuar em 1.670 cidades brasileiras. Segundo dados do INSS, há
cerca de mil cargos vagos de analista na estrutura do instituto.
Sindisprev cobra celeridade nos preparativos
O diretor do Sindsprev-DF, João Torquato, desejar celeridade nos
preparativos do concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
para 500 vagas de analista do seguro social, autorizado pelo Ministério
do Planejamento em 1º de fevereiro. “O concurso é de extrema
importância. Mas o governo atrasou a sua realização. Esses servidores já
deveriam estar trabalhando conosco. Agora, espero que a seleção seja
realizada o quanto antes”, frisou.
Torquato explicou que a categoria reivindica a paridade salarial
entre os ativos e aposentados, o que pode fazer com que milhares se
aposentem no próximos meses, caso o objetivo de incorporar a
gratificação recebida intregralmente na ativa aos rendimentos da
aposentadoria seja alcançado nos próximos meses.
Sendo assim, os mais experientes não poderiam passar a
experiência profissional para os novatos. “A teoria é uma coisa. Os
novos a possuem, pois serão aprovados no concurso, mas não contam com a
experiência dos mais velhos, adquirida no dia a dia. Isso não pode se
perder”, justificou. O sindicalista estima que aproximadamente 50% dos
mais de 30 mil servidores do INSS já estão em condições de se aposentar,
havendo, inclusive, muitos desses profissionais ainda trabalhando
somente por receberem o abono de permanência.
Para Torquato, para o INSS atender à demanda da população
brasileira, que hoje gira em torno de 200 milhões de pessoas, é preciso
contratar 15 mil analistas do seguro social, sobretudo, para ter
servidores nas agências criadas pelo Plano de Expansão da Rede de
Atendimmento. “Há uma grande defasagem de pessoal. A situação está
caótica em todo o país”, alertou, além de acrescentar que o governo tem
que autorizar também concursos para técnico do seguro social.
Folha Dirigida
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