Apesar
de tímidas diante da grande demanda, as precipitações da última semana –
a mais chuvosa desde o início da quadra invernosa deste ano – “lavaram a
alma” e deram nova injeção de esperança para quem vive nas regiões do
Ceará mais castigadas pela seca. Nos últimos dias, O POVO percorreu três
dos vinte reservatórios d’água em pior situação no Estado e ouviu os
relatos de quem convive com o terror da estiagem. Mesmo com as chuvas e o
otimismo
dos sertanejos, a situação continua complicada: com menos de 10% da
capacidade, a água desses açudes é barrenta, malcheirosa e imprópria
para o consumo. “A água do açude a gente usa para tomar banho e lavar a
casa, no máximo. Para beber, tem que buscar em algum distrito próximo.
Água para cozinhar que é o mais difícil, porque tem que ir para outra cidade comprar”,
conta a aposentada Sebastiana Araújo. Ela mora próximo ao açude Patos –
que no dia 15 deste mês registrava 8,43% de capacidade –, em Sobral, na
região Norte.
Sem ter como usar o líquido barrento que sai da encanação, dona Sebastiana exibe orgulhosa uma série de “mecanismos” que bolou para coletar a água cristalina das chuvas. Entre eles, canos e redes instalados para escorrer a água em baldes espalhados pela casa – que são engarrafados pela família. “A gente se vira, né, mas tem fé que a chuva continue e ajude a gente”, afirma.
Em Irauçuba, também na região Norte, o açude Jerimum enfrenta situação ainda mais grave: operava com 6,9% no balaço do último dia 15. Contratado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) para atualizar a situação do reservatório, o agricultor Rufino Eufrázio Sousa afirma que, mesmo com as chuvas dos últimos dias, a situação do Jerimum não melhorou muito. “A chuva que teve ainda não mexeu muito o nível da água não, porque a terra ainda tá muito seca”, explica. Mesmo com a dificuldade, ele relembra tempos mais duros e se diz esperançoso com a quadra chuvosa deste ano. “Do jeito que tava, ninguém aguentava mais. Perdemos gado, bode, ovelha, tudo”, diz.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Em boletim divulgado no dia 15, a Cogerh informou que 70 reservatórios estão com menos de 30% de seu total. Segundo o órgão, eles podem atingir até setembro o “volume morto”, quando a água fica inaproveitável.
Fonte: O Povo Online
Sem ter como usar o líquido barrento que sai da encanação, dona Sebastiana exibe orgulhosa uma série de “mecanismos” que bolou para coletar a água cristalina das chuvas. Entre eles, canos e redes instalados para escorrer a água em baldes espalhados pela casa – que são engarrafados pela família. “A gente se vira, né, mas tem fé que a chuva continue e ajude a gente”, afirma.
Em Irauçuba, também na região Norte, o açude Jerimum enfrenta situação ainda mais grave: operava com 6,9% no balaço do último dia 15. Contratado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) para atualizar a situação do reservatório, o agricultor Rufino Eufrázio Sousa afirma que, mesmo com as chuvas dos últimos dias, a situação do Jerimum não melhorou muito. “A chuva que teve ainda não mexeu muito o nível da água não, porque a terra ainda tá muito seca”, explica. Mesmo com a dificuldade, ele relembra tempos mais duros e se diz esperançoso com a quadra chuvosa deste ano. “Do jeito que tava, ninguém aguentava mais. Perdemos gado, bode, ovelha, tudo”, diz.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Em boletim divulgado no dia 15, a Cogerh informou que 70 reservatórios estão com menos de 30% de seu total. Segundo o órgão, eles podem atingir até setembro o “volume morto”, quando a água fica inaproveitável.
Fonte: O Povo Online
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