A
floresta amazônica e outras regiões tropicais poderão sofrer
alterações abruptas por causa das mudanças climáticas, passando de
florestas densas a savanas,
e de savanas a estados com total ausência de árvores, segundo estudo
realizado por cientistas da Universidade de Wageningen, Holanda, e
publicado no periódico Science.
A
equipe da cientista brasileira Marina Hirota mostra a fragilidade de
florestas tropicais e savanas em função da quantidade de cobertura
arbórea e de chuvas em três continentes: África, Austrália e América do Sul. Dentre as áreas mais sensíveis está a região amazônica. Os autores
utilizaram os resultados dessas relações para prever onde florestas e
savanas são mais vulneráveis a mudanças nos regimes de chuva.
De acordo com a pesquisa, o sul da Amazônia, conhecido como "arco do
desmatamento", por causa da pressão que a ocupação humana exerce na
região, poderá deixar de ser floresta para se transformar
permanentemente em savana.
A
região é afetada pela constante remoção ilegal de árvores. A
transformação, sugere o estudo, é potencializada por causa das mudanças
climáticas. De acordo com a pesquisa, a vegetação mundial se alterna
entre três tipos: florestas, savanas e estados com ausência de árvores,
com picos de aproximadamente 80%, 20%, e menos de 5% de cobertura
arbórea, respectivamente.
Revista Veja
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