sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ANUÁRIO 2011: CEARÁ É 4º ESTADO QUE MENOS INVESTIU EM SEGURANÇA


  O Ceará foi o quarto Estado do Brasil que menos investiu em Segurança Pública em 2010. A sua aplicação na área, com financiamento próprio, foi de 6%, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 2,3% de gastos; São Paulo, que investiu 5,5%; e Piauí com 5,2%. Isso porque a área da Defesa Civil sofreu uma queda de 42,64% de investimentos, que passaram de R$ 77 milhões para R$ 44 milhões, entre 2009 e 2010. Os dados são da quinta edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2011, divulgado na quarta-feira, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Sobre o menor investimento do Ceará em Segurança Pública, a coordenadora científica do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV), Jânia Perla Aquino, explica que a aplicação de recursos é algo que demanda tempo para que os resultados apareçam. Mas acrescenta que os baixos investimentos podem refletir nos elevados índices de homicídios, por exemplo, que cresceram 20,7% no Estado, entre 2009 e 2010.

Para ela, o emprego de verba em Segurança Pública é necessário, mas é preciso ter planejamento e que as aplicações sejam associadas a políticas públicas de segurança e assistência social. “É preciso investir não só em equipamentos, mas na qualidade do serviço. Isso refletiria na queda dos índices de homicídios”, atenta.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará (SSPDS) informou que o atual secretário assumiu a pasta este ano e não pode responder por valores investidos em 2010. 

MAIOR DO PAÍS
Casos de tráfico crescem 2008,5%

A 5ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela, ainda, que o Ceará apresentou um crescimento de 2008,5% nos casos de tráfico de entorpecentes, o maior do País. Conforme o levantamento, foram 70 registros de apreensões de drogas, em 2009, contra 1.476, em 2010. Em seguida, na lista, aparecem Sergipe (291,6%), Paraná (126,3%) e Amapá (69,2%).

Em alguns Estados, ao invés de crescimento, houve uma queda no número de casos. No Maranhão, por exemplo, os registros de 2010 foram 38% menores do que as ocorrências registradas em 2009. Depois deste Estado, vêm Rio de Janeiro (- 33%), Goiás (- 13,2), Paraíba (- 7,7%) e Espírito Santo(- 5,4%).
Informações: DN

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